Cortiça

Matéria-prima de origem 100% vegetal extraída da casca dos sobreiros, leve e com grande poder isolante. A razão pela qual a cortiça possui estas características é a sua composição rica em suberina, uma substância lipídica que se acumula na parede celular. A primeira extração da cortiça ocorre quando a árvore atinge entre 25 a 30 anos, nos meses de junho a agosto. A primeira cortiça, por vezes com espessura considerável, denomina-se ‘virgem’ e distingue-se da cortiça de reprodução extraída nos períodos seguintes, que se denomina por ‘secundeira’ na segunda tiragem e por ‘amadia’ nas tiragens subsequentes. A cortiça amadia é a de melhor qualidade, sendo por isso a mais valorizada, e a única que pode ser utilizada no fabrico de rolhas. A partir desta fase, a cortiça é extraída a cada nove anos.

A cortiça é uma matéria-prima nobre, cuja utilização se estende a diversos fins como revestimentos de solos, isolamentos térmicos e acústicos, fabricação de instrumentos musicais, componentes para calçados, construção, decoração, entre outros. A cortiça é extraída do Sobreiro, uma angiospérmica dicotiledónea, também denominada folhosa. Pertence à ordem das Fagales, família das Fagáceas, género Quercus, sendo a espécie Quercus suber.

O sobreiro encontra-se limitado à região mediterrânica, tendo expressão em sete países, onde ocupa cerca de 2,1 milhões de hectares. Trata-se de uma árvore de porte médio, com uma copa ampla, com uma altura média de 15 – 20 m. Pode atingir, em casos extremos, os 25 m de altura. Um sobreiro demora cerca de 20/25 anos a produzir a primeira cortiça. É uma árvore pouco exigente, mas que se adapta melhor em terrenos siliciosos e nas encostas pouco elevadas em que a temperatura média varie entre os 14 e os 15 º C. É exigente em humidade.

É uma árvore espantosa, de grande longevidade e com uma enorme capacidade de regeneração, apesar dos muitos descortiçamentos que lhe fazem ao longo da sua existência: cerca de 16 intercalados por períodos de nove anos (em média). A extração é feita por profissionais altamente especializados, sempre entre maio e agosto, quando a árvore se encontra numa fase mais ativa do crescimento e se torna mais fácil descortiçá-la sem ferir o tronco. O sobreiro é a única árvore cuja casca se autorregenera, adquirindo uma textura mais lisa após cada extração. Pode ser descortiçado cerca de 17 vezes ao longo de uma longevidade que é, em média, de 200 anos.

Os Benefícios da Cortiça

Leveza – pesa apenas 0,16 gramas por centímetro cúbico e flutua

Elasticidade – que lhe permite adaptar-se a variações de temperatura e de pressão

Impermeabilidade – a líquidos e a gases

Isolamento térmico e acústico – baixa condutividade de calor, som e vibração

Hipoalergénica – não absorve pó, contribuindo para a proteção contra alergias

 

 

Montado

A Sá Morais Castro possui cerca de 44 hectares de Montado, localizados nos concelhos de Macedo de Cavaleiros e Mirandela, constituído por várias parcelas dispersas. Este cenário deixa antever uma grande variabilidade a nível de terrenos e de árvores, que se reflete também no calibre e qualidade da cortiça – que varia muito consoante o tipo de terreno, mas também consoante a genética de cada sobreiro, as tiragens também influenciam bastante a qualidade da cortiça.

 

O Montado ou sobreirais estão instalados em terrenos com vários tipos de configurações e declives; existem árvores de várias idades e portes diferentes, desde sobreiros acabados de germinar até sobreiros centenários.

 

A primeira cortiça a ser extraída é a cortiça virgem (normalmente o seu valor comercial é residual). A partir do primeiro descortiçamento, a cortiça amadia é extraída de 9 em 9 anos, tendo em conta vários fatores como a sua espessura, a sanidade da árvore, o preço da cortiça entre outros. O controlo da vegetação espontânea é feio através do corte utilizando como tal um capinador de mato acoplado a um trator de rastos, na SMC são respeitados os tempos de tiragem (9 anos), bem como as medidas de tiragem previstas na lei.

Em 2014 deu-se início ao projeto de conversão do olival da aldeia de Paradela. Foram construídas duas captações: uma para regar diretamente e a outra para apoio a uma lagoa para armazenar a água necessária à rega da grande maioria dos 100 hectares de olival desta aldeia. Em 2021 entraram em funcionamento dois furos artesianos, ficando todo o olival desta aldeia em regadio.
Todos os olivais do Vimieiro e Romeu, inseridos no perímetro de rega da barragem do Azibo, estão a ser devidamente irrigados, sendo atualmente a SMC a maior regante agrícola deste perímetro.
Em Talhas, onde a SMC possui 38 hectares de olival, apenas 3 hectares se encontram em modo de sequeiro, tendo sido para o efeito construída uma lagoa impermeabilizada e uma captação.
Em Alvites a grande parte do olival vai ficar em sequeiro pois tem apresentado excelentes resultados. Nesta aldeia ficaremos apenas com cinco hectares em regadio com água proveniente de um furo artesiano.

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